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Luís Teves 04/11/2020 - EM PRIMEIRO….QUE SE LIXE O RESTO!



Instalados uns Órgãos Sociais que não cumprem os seus deveres e não respeitam os princípios básicos da separação de poderes, que existem no Sporting para se protegerem uns aos outros. Poucos se apercebem e por isso, não vale a pena contestar porque está tudo normal.

Votações em Assembleias Gerais onde os boletins de voto são codificados, onde são vistas pessoas a sair do local com sacos cheios de não se sabe o quê, e cujos resultados não espelham minimamente o teor da esmagadora maioria das intervenções dos sócios presentes. Siga porque ninguém se interessa.


Um presidente da MAG que afirma publicamente não cumprir os estatutos do clube porque faz a sua interpretação pessoal dos mesmos considera-os ilegais e absurdos, ignorando o seu dever de ser o máximo representante dos sócios. O mesmo indivíduo, toma decisões que não são da sua competência ao indeferir um pedido de AG destituitiva apenas porque quer proteger o irmão do seu sócio, decidindo não existir justa causa quando a ele não lhe está conferido este poder. Os sportinguistas comem e calam-se porque são uns mansos ignorantes.


Assembleias Gerais ordinárias que são, magicamente, transformadas em AG’s eleitorais, retirando aos sócios, o seu direito de participar nas mesmas e colocar ao CD as perguntas que consideram necessárias e pertinentes no que respeita ao Orçamento e Relatório de Contas. Os sócios congratulam-se, cegamente, pelo “chumbo” das contas não se apercebendo que foi consumada uma ilicitude que os despojou dos seus direitos. Contentam-se com o “chumbo” das contas apesar de terem sido violados os seus direitos.


Um clube gerido de forma ditatorial onde os sócios são classificados, e tratados, como escumalha, malucos e outros adjectivos pouco abonatórios, onde o som dos cânticos de apoio à equipa, por parte das claques, são silenciados nas reportagens do canal do clube e onde as imagens dos festejos de títulos alcançados pelas modalidades são editadas de modo a não mostrar o ex-presidente do clube a festejar as conquistas para as quais tanto trabalhou . Ninguém se lembra porque já se passaram dois anos.


Dívidas do clube à SAD e aumentos salariais aos dirigentes que não são devidamente autorizados pelos sócios. Antecipações de receitas dos contractos com a NOS até 2021, vendas de activos por montantes muito abaixo dos valores de mercado, compras de treinadores por valores astronómicos e contratações de jogadores em regime de percentagens, ficando o Sporting a valorizar activos para os clubes de origem ficarem a ganhar com futuras vendas. Detalhes tediosos que não interessam a ninguém.


Um clube entregue aos notáveis que agitam os seus cachecóis na praça pública e apoiam um Conselho Directivo que os recompensa, pela sua obediência e servilismo, com uns croquetes regados com champanhe na tribuna VIP de Alvalade. Um CD apoiado por falsos jornalistas a quem retribuem com prémios da revista Alentejo, editada pelo ex-marido de uma Vice-Presidente do clube. O que podemos fazer? Eles estão todos bem relacionados.


Um presidente ignorante que, apesar de ser um rato insignificante, convenceu-se que sabe rugir como um leão mesmo que só o faça contra quem já não tem poder no futebol nacional, porque não tem coragem de o fazer contra o “dono disto tudo”, a quem presta vassalagem, ao ponto de não ser capaz de emitir um comunicado coerente e assertivo a condenar, de forma inequívoca, a injustiça que foi condenar um animal a apenas quatro anos de prisão efectiva, pelo assassinato de um ser humano. É o que temos dirão muitos sportinguistas.


Poderia estar aqui horas sem fim a enumerar a falta de democracia no clube, a incompetência destes dirigentes bem como a sua arrogância e o seu desdém pelos sócios do clube. Poderia especificar todas as promessas eleitorais não cumpridas, todas as ilegalidades cometidas, todas as ofensas proferidas e todos os actos de gestão danosa praticados. Poderia escrever volumes sobre a inércia dos sócios, muitos dos quais são capazes de vender a sua lealdade, a sua gratidão, o seu carácter e o seu orgulho, por um punhado de vitórias da equipa de futebol.


No entanto, e apesar dos nossos rivais estarem a participar nas competições europeias, e até agora a embolsar umas largas centenas de milhares de euros, o que parece ser mais importante, para muitos sportinguistas, é estar no primeiro lugar à sexta jornada. É que isto permite andar nas redes sociais a publicar bacoradas e idiotices. Eu não alinho em euforias e, principalmente, recuso-me a perdoar estes dirigentes o mal que fizeram a um grande clube centenário, ganhem o que ganharem. Parece que chegou a altura em que acho ser necessário fazer uma profunda reflexão sobre se vale a pena continuar a lutar por esta causa.



Luís Teves

04/11/2020


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