Em tempos de uma pandemia à escala mundial como nunca vivemos ou imaginámos (provocada por um vírus altamente contagioso e de consequências ainda por apurar a fundo nos próximos anos), tenho constatado o surgir de uma série de grupos “negacionistas” sobre algo que salta à vista de todos nós, terá efeitos futuros nefastos aos mais variados níveis, ainda que de momento não sejam mensuráveis. Se, pelo mundo fora, esta corrente tem demonstrado uma vertente mais agressiva nas suas(?) manifestações (basicamente tomadas de assalto por grupos anarquistas a querer fazer valer os seus “valores”), defendendo um pretenso direito à resistência que não se aplica, a meu ver, neste contexto atual, por cá, a situação é muito mais morna, nas acções (valha-nos isso) e na narrativa.
Fico preocupado quando vejo grupos de pessoas, supostamente com formação superior (o que, à partida, pressupõe que sejam pessoas que tem um mínimo de capacidade para formular, estruturar e transmitir pensamentos lógicos e fundamentados), a confundir (será confusão?) uma questão de saúde pública generalizada a nível planetário com o condicionamento ou limitação dos seus “direitos e liberdades garantidos”.
Lavram a céu aberto as teorias conspirativas, questionam-se as intenções dos líderes mundiais mesmo que para tal não se possua o mínimo de capacidades para discutir o assunto, quanto mais questionar com veemência as decisões. O mundo ao contrário.
Há dias, um juiz de Odemira, que faz parte do grupo “juristas pela verdade”, questiona os pretensos atropelos ao estado de direito, inclusive fornecendo minutas “à la garder” aos cidadãos para questionarem contraordenações e para apresentarem queixas-crime contra as forças de segurança, de forma a poder contornar as regras estabelecidas PELO GOVERNO para este estado de emergência. Um grupo de médicos, ditos pela verdade(?), há meses, apelando à desobediência quanto às medidas de distanciamento, confinamento, questionam a utilização das máscaras, etc, etc.
Curiosamente, este juiz, em licença sem vencimento há nove anos da magistratura judicial (exercendo advocacia), apela desta forma a uma espécie de insurreição encapotada de defesa dos direitos. Fundadores dos “médicos pela verdade” a serem suspensos por disseminarem a utilização das máscaras como uma farsa enquanto meio de proteger as pessoas ou mesmo indicando como falsear e manipular resultados de exames PCR de despiste da doença. A meu ver, num caso e noutro, completos atentados à saúde pública e à segurança das pessoas. Tudo para disseminar as suas “ideias”, independentemente das consequências dos seus atos.
Além destes estranhos movimentos de grupos “especialistas”, já vinham a manifestar-se movimentos terraplanistas (wtf?!) que até colocam em causa a ida à lua e que o planeta tem bordas, como se de uma mesa se tratasse. Questionando inclusive que, para lá desses limites, haveria “guardiões” que insistem em manter-nos dentro da cerca, qual gado. Juntando os “Q-Anon” (que terão estado envolvidos naquela cena digna de filme apocalíptico em Washington) e outros conspiracionistas, temos montado um verdadeiro caldinho explosivo.
Aos dias de hoje, a liberdade e a disponibilidade de informação (sobretudo pela internet), que deveriam ser ferramentas para nos permitir ser mais instruídos, informados e potenciados nas nossas capacidades, em mãos e neurónios mais destreinados, tornam-se verdadeiras armas mortíferas da capacidade de raciocínio e discernimento. A capacidade de ser distraídos por estes “agentes” dependerá sempre, e em primeira instância, de cada um de nós. A capacidade de filtrar os constantes bombardeamentos de informação distorcida e condicionada será cada vez mais uma ferramenta para a vida.
As narrativas, difundidas por fontes duvidosas que auxiliam a sua disseminação, devem ser contraditadas de forma veemente e sem contemplações. Com FACTOS. Mas isso traz um consumo de energia extra que nem todos estão disponíveis para aplicar. O BOM SENSO, encarregar-se-á de fazer o restante para nos manter no trilho do equilíbrio que cada vez é mais estreito.
Nos inícios de 2018, um grupo de conspiradores começou a dar a cara depois de alguns anos a trabalhar na sombra (cartazes, flyers, campanhas difamatórias nos meios de CS habituais) e colocou em prática um conjunto de acções que visaram amplificar uma visão deturpada da realidade e endrominar aqueles que, de forma inadvertida ou simplesmente negligente, estavam disponíveis para verem lavrados os seus intentos.
Materializaram pretensas manifestações de indignação gigantescas (uma centena de pessoas? duas?), apregoaram um pretenso consenso quanto às características nefastas do anterior timoneiro, fizeram um cerco mediático a todos os níveis, terminando com um assassinato público de caracter duma pessoa, de forma canalha e cobarde, com meios mediáticos nunca vistos neste país de forma tão despudoradamente às claras. Alcochete fora uma cereja cristalizada para o topo deste bolo. Processo que todos conhecemos e que seria fastidioso relatar novamente.
Atualmente, contamos com a mais que provável conquista dum campeonato sénior de futebol masculino, que, a meu ver, será o potenciador da alienação generalizada de TODOS AQUELES QUE DEVERIAM ESTAR ZELOSAMENTE ATENTOS e que permitirá consumar mais um episódio na gradativa caminhada rumo a destruição da Associação Desportiva que é o Sporting Clube de Portugal que todos conhecemos e ao emergir duma entidade privada que procurará ter apenas a satisfação (€€€) de apenas alguns, também com os seus próprios “clientes”.
Os Conspiradores pela “Verdade”, vulgo, a “casta dos sportinguistas de bem”, preparam-se para dar a estocada final, tornando os sócios em clientes, sem que a esmagadora maioria o venha a perceber em tempo útil. As sereias cantam, os marujos embalados, seguem o rumo como cordeiros para o sacrifício “maior” pois a festa dos “deuses” não pode ser parada. O conhecimento será a arma. A memória será o futuro.
Autor: No Rules, Great Saké!
Rugido Verde
28/03/2021
Vezes sem conta eu tenho abordadoi tal assunto. Depois de vencer a guerra contra as claques, o Varadim e a sua seita preparam-se para retirar todos os direitos aos sócios dfo Sporting. Isso já foi dito pela Rogério Alves, pelo Zenha e até por Ricciardi quer afirmam que os sócios só atrapalham a Direcção do clube. Um título oferecido pelo Sistema politico-desportivo está a alucinar muitos daqueles que eram contra os abusos desta seita de gatunos e prepotentes. E quando pessoas ditas inteligentes se vendfem por um possível título da bola, o trabalho da seita varandista torna-se muito ,mais fácil. O Sporting que conhecemos acabou de vez! Foi vendido aos escroquetes no dia em que destituiram uma Direcção exemplar, presidida…