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Luís Teves 30/09/2020 - O AVISO DA “GENTINHA”



A Assembleia Geral do passado sábado teve um desfecho positivo, mas não definitivo, para o futuro do Sporting Clube de Portugal. A rejeição, por números bastante elucidativos, do Relatório de Contas e do Orçamento, devia constituir um sinal inequívoco para os actuais Órgãos Sociais do clube sobre o que os sócios pensam da sua gestão e da sua estratégia ou, neste caso, a falta dela. No entanto, nunca será demais lembrar que este CD e MAG tem demonstrado um desdém e desrespeito pelos associados nunca antes testemunhados no Sporting e irão decerto continuar a dirigir o clube no caminho da arrogância e da incompetência. Para já, o CD recusou-se a tirar as devidas ilações políticas desta rejeição monumental e não perdeu tempo a anunciar que irão apresentar, oportunamente, os documentos de novo à Assembleia Geral de Sócios, ponderando algumas alterações. Não deixa de ser hilariante que todas as dificuldades apresentadas nos últimos 4 meses para que não fosse realizada esta AG, parecem ter desaparecido como por magia e agora já há problema em convocar outra num futuro próximo.

O Conselho Directivo tudo fez para engodar os mais incautos e evitar este resultado; desde baptizar a academia, campos de treino e portas de acesso ao estádio, ao anúncio da contratação por, cinco milhões por metade do passe, de um reforço para o futebol no próprio dia da AG. Tudo medidas avulsas e sem real significado, que não foram suficientes para distrair e intrujar os sócios.



Consumado o fracasso, concentraram os esforços em tentativas irracionais e incoerentes para amenizar os estragos. Rogério Alves virou “spin doctor” e não perdeu tempo a frisar publicamente que “Não há consequências nos estatutos sobre a reprovação das contas”. Imaginem ao ponto a que isto chegou: o PMAG a refugiar-se nos estatutos que ele próprio desrespeita e não aplica. Depois, procuraram justificar os resultados com a fraca adesão às urnas sem, no entanto, se lembrarem que a Assembleia Geral que aprovou os mesmos documentos por margem mínima no ano passado, teve uma participação bem mais baixa do que a do último fim de semana. O que os dirigentes do Sporting queriam decerto referir era que, desta feita, em consequência do Covid19, não lhes foi possível alugar uma frota de carrinhas, às custas do clube, para transportar os idosos dos lares à AG para votarem naquilo que lhes convém. O resultado foi bem visível na urna para sócios com direito entre 15 a 20 votos que estava quase vazia.

Na comunicação social foi bem palpável a azia que reinava nos diferentes canais televisivos com destaque para a “brigada do reumático” da SIC que tudo fez para “manter bem viva a chaga de Alcochete” como referiu um decrépito pseudo-jornalista cujo prazo de validade expirou há muito. Outros canais optaram por desviar a atenção das suas audiências daquilo que foi fundamental, dando demasiada cobertura às alegadas agressões de que foi supostamente vítima um associado do clube que há dois anos brinda, diariamente, todos com quem discorda com provocações e ameaças nas redes sociais. Ele que já foi expulso de uma AG por conduta violenta, ameaças, agressões e insultos racistas, desta vez não escolheu bem o alvo e sofreu as consequências. Não gosto de violência, mas às vezes…até gosto.



No entanto, o que me deu mais nojo presenciar foi a análise a esta Assembleia Geral feita por um “pseudo-notável” sportinguista cujo egocentrismo e arrogância são apenas ultrapassados pela sua infinita falta de carácter. Falo de um tal Manuel Moura dos Santos que se apresentou nos estúdios da SportTV com um aspecto desasseado, de camisa desfraldada e demonstrou ser um hipócrita que padece exactamente dos mesmos defeitos que aponta aos outros. Teve uma intervenção digna de um fascista encartado e não soube respeitar os resultados da votação simplesmente porque não foram do seu agrado. Apelidou quem votou contra o RC e Orçamento de “gentinha” que nem sabe ler um relatório de contas e que, portanto, não tinham a mínima ideia sobre o que estavam a votar. Este raciocínio repugnante e prepotente, assume que apenas aqueles que votaram a favor e em consonância com aquilo que o Sr. Manuel Moura dos Santos defende, têm a noção do que é um orçamento, numa atitude típica daqueles ditadores que estão actualmente à frente dos destinos do Sporting. Sugiro ao Sr. Moura dos Santos que tenha uma conversa com o seu camarada democrata, Dr. Rogério Alves, e o aconselhe a conferir aos sócios, na próxima AG, aquilo a que têm direito, a oportunidade de comentar e apresentar questões sobre o orçamento apresentado. Ou então que volte, ele próprio, à SportTV, de preferência com um aspecto mais aprumado, para explicar aos sócios ignorantes o conteúdo do próximo orçamento. Pode ser que assim a “gentinha” fique mais bem informada antes de decidir como votar. Enquanto estiver com a mão na massa pode dizer ao seu amigo Rogério Alves que em democracia não há lugar para boletins de voto codificados e que deve haver fiscalização dos processo de votação e contagem por uma organização isenta e independente. Tudo o que não respeitar estes princípios é fascismo, despotismo e ditadura, conceitos que o Sr. Moura dos Santos parece querer preservar no clube.

O que se pode inferir de todas estas reações é que o nosso trabalho só agora começou e temos que continuar atentos e focados naquilo que é a nossa obrigação para salvar este clube e arrebatá-lo das mãos destes sanguessugas. Eles vão voltar à carga numa tentativa de ganhar alguma legitimação e quando o fizerem a nossa resposta terá de ser ainda mais assertiva, mais expressiva e inequivocamente incontestável.

Se esta “gentalha” golpista, com tiques fascistas, como o Sr. Manuel Moura dos Santos não ficarem satisfeitos com os resultados da próxima Assembleia Geral, será muito bom sinal para o Sporting Clube de Portugal.



Luís Teves

30/09/2020


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