Rico ou pobre, na Europa ou nos Estados Unidos, este Vírus que veio para ficar ataca sem estrato social e sem escolha geográfica.
Reinventar-nos é a palavra de ordem! Depois é criar rotinas, fazer planos para o futuro, mantermos-nos positivos para não darmos em malucos, criar oportunidades profissionais e valorizar o que já dávamos por garantido. Aquele abraço aos nossos pais, organizar a festa de aniversário dos miúdos que me dava cabo dos nervos é algo que já me parece um sonho e um plano maravilhoso. Já sinto falta do café do bairro, das esplanadas, da nossa gastronomia, dos almoços em família, dos jantares com amigos, das conversas sobre a bola e de ir ver um jogo ao vivo. Vejo notícias todos os dias e quanto mais vejo e mais leio sobre este assunto mais uma certeza se abate sobre mim. As coisas nunca mais voltarão a ser o que eram. Pelo menos, para mim, que estou a viver isto com consciência. Nunca pensei viver isto. Nem nos meus piores pesadelos. Todos os planos ficaram em standby, negócios, trabalhos, férias, festas de aniversários. Tudo está em standby ou melhor quase tudo. Escolas em casa, teletrabalho, distâncias de segurança, tudo de máscaras e luvas no supermercado como se dum filme de terror se tratasse. Quando vou ao supermercado, vou com medo de ser contagiada e de contagiar os meus, porque em boa verdade por cá, os números não param de subir. E acredito muito nas taxas de mortalidade secretas. Acredito que os números reais não chegam à população, talvez por não estarmos disponíveis para aceitar números enormes de morte apesar de algumas Autarquias já terem desmentido os números da DGS. Enfim, vai para aqui uma embrulhada entre as conferências de imprensa diárias e as noticias que chegam das autarquias. Enquanto não chegar a vacina vai ser uma luta desleal e injusta porque estamos a lidar com um vírus cruel e desolador. Até aqui tudo em sintonia, parece-me. Tínhamos tudo e queríamos sempre ter mais. A ambição desmedida em não saber parar fez agora com quem estivemos todos parados contra a nossa vontade. Estamos à mercê deste maldito vírus. A vida tem destas coisas. O que nos vai safando é que temos uma vertente solidária como poucos e acredito que é das nossas maiores forças contra o maldito. Coisas positivas? O ambiente está mais saudável, há menos poluição, os animais estão mais felizes e cada vez mais acho que esta paragem era necessária. Quando tudo isto passar, vamos voltar a celebrar e a valorizar a vida como nunca. É a isto que me agarro, tem que ser, em prol da minha saúde mental. Juntos iremos enfrentar o maior desafio das nossas vidas, juntos vamos ultrapassar isto. Temos que o fazer.
Inês Simões
14/04/2020
Em primeiro lugar, Feliz e Santa Páscoa. Como disse o Papa Francisco, como o mundo está doente, é impossível o Homem estar são. Numa coisa deste tipo, o que pensava era, quando vai acontecer? E não, se vai acontecer?
Vem pôr-nos todos a redefinir prioridades para a nossa vida, não só a curto prazo, mas também a longo prazo.
Bjs
SL
Nesta quadra uma santa saúde, beijinhos
Nós Latinos temos uma grande dificuldade em não podermos beijar, abraçar o próximo, mas concordo contigo que neste momento temos que saber ultrapassar tudo isto até termos a vacina. Sejam feliz e protejam-se
Obrigada pelo optimismo! Entramos rapidamente em stress, se não conseguirmos ter uma atitude realista, mas a ver a Luz ao fundo túnel. Vale a pena ter paciência e esperar pelo achatamento da curva para nos voltarmos de novo a abraçar! Tu de bom cabe num abraço! Seguimos Juntos!