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Gonçalo Sousa 06/06/2020 - Alcochete - O motivo da expulsão



Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho, foram destituídos e expulsos do Sporting, devido aos incidentes na Academia de Alcochete, tendo, não obstante, culminado na posterior absolvição do então presidente do Conselho Diretivo do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho.

Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho, foram destituídos, suspensos e expulsos do Sporting devido a estes infelizes acontecimentos. Assim, se até 28 de maio, tal dever-se-ia aos incidentes ocorridos em Alcochete; após aquela data, a justificação muda de figura, resumindo-se às infrações graves de ambos aos estatutos do Clube.


Passemos, então, a esclarecer os interessados:


AG de Destituição

Ponto n.1:

- A AG de destituição foi convocada antes de qualquer ação do CD, a 28 de Maio de 2018. A criação da CTMAG aconteceu três dias depois, a 1 de Junho de 2018. Perguntar-nos-emos? Por quem fora a AG convocada?

Por Alcochete;

Ponto n.2:

- Os 20 pontos da convocatória da AG de 23 de junho são cópia integral das acusações que constaram no processo de Alcochete;


- As notícias enviesadas veiculadas por toda a comunicação social, apenas solidificaram o quê?

Alcochete.

Tudo o que fora escrito e dito posteriormente, bem como a forma como foi feito, tiveram reflexos mínimos pois apenas se falava de Alcochete (e bem!);


Ponto n.3:

- Por decisão da MAG, não fora dado o direito de defesa dos visados;

- A votação na AG começou sem que fosse sequer lida a nota de culpa dos mesmos, o que, em minha opinião, é um atentado à democracia;

-Votaram milhares de sócios, sem que tivessem ouvido a nota de culpa. Ou seja, os sócios votaram não pelas questões estatutárias, mas sim, sobre Alcochete. Caso contrário, a votação não começaria sem que fosse lida a nota de culpa;


Ponto n.4:

- Por todos os motivos anteriormente elencados, poder-se-á constatar que os sócios votaram por impulso e não por conhecimento de causa, nomeadamente da nota de culpa, manifestamente ignorada.

- Estavam os sócios efectiva e correctamente informados sobre Alcochete e sobre a alegada violação dos estatutos? Estou em crer que não e mais grave ainda foi o votado nessas condições.


AG de de suspensão:

- convocatória a 4 de Dezembro de 2018. Bruno de Carvalho fora detido 2 semanas antes.


AG de Expulsão:

- 2 de Julho: arranca a fase de instrução do Processo Alcochete;

- 6 de Julho: realiza-se a AG de expulsão dos sócios, Bruno de Carvalho e de Alexandre Godinho, em pleno arranque da fase de instrução do processo de Alcochete.

Coincidências?!


Obviamente que não… De tanto se ter instrumentalizado Alcochete, não só a AG de suspensão foi convocada logo após a detenção de Bruno de Carvalho, como també a AG de expulsão foi marcada para a fase de instrução do processo.

O que se pode inferir de tudo isto?

Que 28 de Maio e subsequentes dias foram o resultado dos acontecimentos em Alcochete tendo, inevitavelmente, desembocado na AG de expulsão.


- Com Alcochete, Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho viram, através do linchamento mediático, as suas vidas e personalidades denegridas, pelo que a destituição e expulsão da condição de sócios seria inevitável;


- Para além disso, os visados não tiveram oportunidade de serem ouvidos nos processos em que estiveram envolvidos, pelo que poder-se-ão considerar de “processos anti-democráticos”, instigados pelas notícias sobre Alcochete.


- Alcochete representou, por isso, a pedra basilar de tudo o que aconteceu desde o dia 28, tendo tido, por isso, um peso enorme no que respeita às motivações dos sócios na tomada de decisão da sua suspensão e consequente expulsão. Negá-lo seria desonesto e se dúvidas houvesse, bastaria consultar as cartas de destituição e de destituição. Depreende-se que por estes motivos que Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho devam ser, natural e merecidamente, readmitidos, com plenos poderes do Clube.


Nestas cartas, pode constatar-se que duas tramas foram criadas em simultâneo para assegurar o objectivo último – o de justificar a expulsão e destituição daqueles, ou seja, caso a primeira trama falhasse – Alcochete – haveria sempre a violação aos estatutos do Clube. Por um ou outro motivo, os visados estariam, à partida, já condenados sem dó nem piedade!

Na segunda trama ou narrativa, foram apresentadas situações, como por exemplo, a criação de órgãos ilegais, a tentativa de bloquear as contas do Clube, insultos aos órgãos sociais e terceiros.


Sobre este assunto há a enumerar o seguinte:


- ponto número um: o Conselho Diretivo, liderado por Bruno de Carvalho, não criou órgãos sociais ilegais; a MAG demitiu-se, e o CFD também, e baseado no acórdão do Supremo Tribunal, o Conselho Diretivo nomeou uma CTMAG e uma Comissão de Fiscalização, como forma de substituir quem se havia demitido, o que, por lei, é legítimo;


- ponto número dois: não houve nenhuma tentativa de bloquear as contas do clube; o que houve foi a comunicação, por parte de Bruno de Carvalho, aos bancos sobre o registo comercial da impugnação da AG destitutiva, obrigado a fazê-lo, por lei. Se Bruno de Carvalho agiu em conformidade com a lei, já Artur Torres Pereira teve uma intervenção gravíssima ao ter suplicado aos bancos para não trabalharem com Bruno de Carvalho.


- ponto número três: o uso de “insultos” de Bruno de Carvalho, nomeadamente “ratos” e “sportingados”... Então e Varandas? “escumalha”, “cobardes”, “intelectualmente desonestos”, “esqueletos”, comentários que, dispensam quaisquer comentários, mas definem bem o carácter do autor.

Para concluir, sou da opinião de que não dever-se-á brincar com assuntos sérios e em caso de o fazerem, os culpados deverão assumir as consequências dos seus atos e devolver a quem de direito a justiça roubada, personificada na readmissão de Bruno de Carvalho e de Alexandre Godinho no Sporting Clube de Portugal, onde deverão, legitimamente, assumir plenos direitos.




Gonçalo Sousa

06/06/2020


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